AS ORIGENS

A Minha História


Nasci em Coimbra e fui baptizado um mês depois na Souropires. Cresci em Coimbra mas os meus verões eram passados em Souropires. Os meus pais são ambos da Beira Alta ( Sabugal e Souropires) e tiveram cinco filhos, sendo eu o mais velho e único com gosto pela Souropires. Sempre tivemos mais afinidade por Souropires, onde vivia a minha avó materna, numa casa da família e que terá sido reconstruída em meados do século XIX, após as invasões Francesas. Os meus netos são pelo menos a oitava geração na mesma casa. Estudei na Escola de Regentes Agrícolas (Coimbra e Santarém) e Medicina (Coimbra e Lisboa). Durante dois anos e meio vivi e exerci medicina na Noruega. Foi na Escandinávia que acordei para o mundo dos vinhos,  principalmente com amigos Suécos. 

Quando, por herança, as primeiras vinhas vieram para a posso de meu pai, eu e o meu irmão João achámos que seria triste e não haveria qualquer interesse em fazer viticultura com carinho e depois entregar as uvas na cooperativa. Assim, em 1994, produzi o meu primeiro tinto. Um vinho produzido a partir de uvas de vinhas plantadas há pouco tempo e de vinhas velhas que existiam nos Mortórios. Daqui saiu um vinho clarete, fresco, não muito fácil de beber, mas que ainda hoje está em forma. A marca era então "Rogenda".

Hoje continuo a procurar respeitar a viticultura e as uvas e a fazer vinho com um mínimo de intervenção. 

O Meu Terroir


BEIRA INTERIOR 
Pinhel

A paisagem da Beira Interior é dramática e despovoada, o clima exigente, os solos graníticos e as altitudes elevadas. As amplitudes térmicas são intensas, com temperaturas negativas no Inverno e Verões muito quentes e secos. As nossas parcelas encontram-se na sub-região de Pinhel e os nossos vinhos são DOC Beira Interior. A partir das uvas deste terroir procuro criar vinhos que sejam a verdadeira expressão do melhor da região. Daí privilegiar as castas nativas, como a Fonte Cal, a Siria, o Rufete, a Baga, a Touriga Nacional, entre outras, por serem aquelas que melhor se adaptaram às características da região. Mas este terroir permitiu-me explorar criativamente a adaptação de outras castas, algumas internacionais. Castas como o Chardonnay ou o Riesling conseguiram surpreender, pela expressão única que revelaram a partir deste terroir, que é também ele único.

Vinhas

As vinhas estão distribuídas por três parcelas: Rogenda, Mortórios e Quinta do Vale do Ruivo, num total de aproximadamente 16 hectares. Cerca de metade da área é composta por vinhas velhas, com mais de 60 anos de idade.

Castas

7 hectares de vinhas velhas, onde as casta nativas portuguesas encontram-se tradicionalmente misturadas, sendo dominantes a Baga e Rufete para os tintos, a Siria, o Arinto e a Fonte Cal para os brancos. Temos ainda as não menos importantes Alicante Bouschet, Touriga Franca, Chardonnay, Riesling, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Verdelho nos restantes hectares.

Terroir

Várias características contribuem para um Terroir único, que confere qualidades distintivas aos vinhos Casas Altas.  As vinhas convivem com lameiros, olivais e matas diversas, a uma altitude superior a 650 metros, em solos graníticos, com exposição solar de nascente e sudeste, com elevadas amplitudes térmicas entre o dia e a noite. As maturações são tradicionalmente longas.

Descubra 
os meus vinhos

"Quando crio os meus vinhos procuro a pureza das origens, sem maquilhagem. Busco a verdadeira expressão da terra e das uvas. ​No completo respeito pela viticultura, pelas uvas, pela natureza e elaborando os vinhos com um mínimo de intervenção."
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